De casa até o ponto do ônibus, ando diariamente 15 minutos pela Rua Dez. Westphalen. Não sei o motivo, mas foi costume de muito tempo eu atravessar a rua e caminhar pelo lado esquerdo da via.
Há pouco, percebi que as calçadas descuidadas - pedras soltas e esburacadas – estão me proporcionando incômodas dores no tornozelo direito, sei que é estranho, mas me é muito fácil aquele fatídico “virar o pé”, por sua inclinação, sempre o direito.
No início eu não sentia tantas dores, deixei-me testar a paciência e a atenção, mas com o tempo, quando as dores tornaram minha paciência um atrapalho, decidi que eu deveria tomar uma atitude que solucionasse o problema, antes que eu perdesse o pé num dos buracos e a cabeça procurando um culpado.
Por algum tempo percebi o desleixo dos donos de várias partes das calçadas, e me assustei com o tamanho do desafio. São diversas casas, e eu “deveria”, por defesa própria, colocar na cabeça dos distintos vizinhos o quanto a falta deles me era prejudicial – entendi o quanto a responsabilidade individual projeta o “coletivo”, cheguei a pensar em fazer panfletos ou reclamar na prefeitura municipal – desanimei.
Até que semana passada eu resolvi fazer o meu caminho pelo lado direito da rua. Não me perguntem o motivo, mas o lado direito da rua é mais conservado – dei o problema por resolvido ao ver que estou indo para o mesmo lugar, melhor e sem atrapalhos.
Obs. Vejo este como o texto mais espiritual que já postei neste blog. Glórias a Deus!
07 February, 2006
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14 comments:
Aleluia!!!!
Como vc mesmo se descreve...
Caio - o poeta!!!
Ainda bem que vc atravessou a Rua...
Agora vc não se machuca mais...
E o mais importante vc notou: NÃO POSSO ME ACOSTUMAR COM A DOR!!!
E mais seu caminhar será correto... Seu pé fará o movimento correto... Que grande privilégio...
Glória a Deus mesmo Caio!!!
Duas vias, duas opções.
Nós podemos escolher por onde andar. As razões são as mais diversas: comodidade, influência, segurança..
As vezes um pouco de falta de percepção e até mesmo confiança demais no ‘nosso próprio taco’.
Quando vemos com os olhos de Deus, começamos a entender seus desígnios nas nossas vidas. E tudo parece tão simples.. pois eu digo uma coisa..
É! :)
Deus te abençoe!
OBSERVAÇÃO: EU NÃO QUERIA DIZER, MAS É IMPORTANTE DEIXAR CLARO - O TEXTO RETRATA MINHA MUDANÇA DE IGREJA... estarei frequentando outra casa, é mera mudança de endereço... motivada sim por algumas irregularidades da calçada... coisa simples, sem mais divagações.
Oi Ju... é, atravessei a rua... antes da revolução, entendi o quanto o caminho está em mim, e não na calçada dos outros. Eu não tenho autoridade para cuidar das calçadas alheias, tbém não me acho melhor que qualquer um para exigir o melhor para mim. Mas uma coisa eu considero, prefiro andar na calçada que vai prejudicar menos o meu caminhar.
Olá Thais (Jacira) - os tropeços existem, mas o que machuca é meu pé... sempre falta de atenção minha às irregularidades da via.
Gostei desta tua ilustração...por vezes há necessidade de mudar o rumo ou apenas atravessar a rua para o outro lado! Um abraço luso!
Pois é, amigo... às vezes basta atravessar a rua... mas o povo insiste em maltratar os artelhos por pura teimosia e subserviência masoquista... E masoquismo, como diz René Girard, é transcendência desviada.... eu hein...
Tua pegada literária está cada vez melhor!
Um 'nhá' pra vc!
E é mesmo bastante espiritual... quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Eu quero ouvir.
DTA
rs, eu falei que vinha e vim mesmo, bjus e que o Pai continue te usado poderosamente em graça.
Oi Kaeil,
Que bom que você mudou de chão sem afetar seu horizonte. Às vezes essa é a única forma de manter o caminhar fluente sem deixar de contemplar o entardecer.
Rodrigo
II Samuel 22: 34, 35 e 37 diz:
"Faz ele os meus pés como os das gazelas, e me põe sobre as minhas alturas. Ele instrui as minhas mãos para a peleja, de modo que os meus braços podem entesar um arco de bronze. Alargaste os meus passos debaixo de mim, e não vacilaram os meus artelhos."
Oi kaiel,
Vim aqui agradecer pela sua ida lá no PEQUI e dizer que estou sentindo tua falta lá no GUINOMAI.
Abraço magro pra ti,
Rodrigo
Caro Pescador.
Pois é, tantas vezes os nossos hábitos e preguiça atrasam o movimento do Espírito em nós, o que Ele pede e apela.
E que as tuas mudanças, providenciais e voluntárias te prencham cada vez mais Dele!
Eh eh, com que então tornozelo direito frágil...;) Eu é o pulso da mão esquerda, põe-se a doer por dá cá aquele esforço...
Abraço.
Não sou juíz nem conheço a tua situação em concreto, mas uma coisa sei pela Palavra e por experiência própria: nem sempre o caminho sem buracos, o que é mais fácil e mais desimpedido é o caminho de Deus.
"...porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem."
Abraços
Obrigado a todos pela atenção...
Realmente ainda não vi uma abordagem concreta em estudos ou artigos. Creio que a Bíblia é bem clara neste assunto afirmando que só existe uma igreja, aquela que nos faz irmãos sem limites denominacionais, territoriais ou outras imposições humanas - por isso eu me vejo igreja com vocês nestes blogs aonde praticamos comunhão... "seremos reconhecidos pelo amor" - é assim que vejo A igreja (Cristo não está voltando para buscar um arém, mas apenas uma noiva).
Sobre O caminho, acredito mesmo que devo levá-lo em excelência... não desanimar ou desistir rápido diante de problemas é perigoso para a Fé... mas, no meu caso, eu me vi nas últimas forças para esta decisão, antes eu tentei tudo o que deveria... hoje eu tomei isso como lição:"não posso deixar que meu caminho seja interferido pelo erro dos outros", com certeza o lado direito da rua tem buracos e pedras soltas, mas são outras pedras e outros buracos, em lugares diferentes, até a inclinação da calçada ajuda meu pé direito (que é mais fraco desde que o quebrei jogando bola há alguns anos).
É tudo muito simples...
Abraços e que Deus lhes abençoe!
É tudo mto simples! Isso!! E-xa-ta-men-te!
;)
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