16 July, 2009

SOBRE O AMOR DE MUITOS

Entre falsos profetas, guerras e desastres, dos sinais de Sua vinda, o esfriamento do Amor de muitos é o que nos deveria causar maior terror. “E por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mateus 24.12).

Vivemos dias nos quais o pecado toma a forma da normalidade, em alguns casos até de maneira institucionalizada, a exemplo das passeatas “homosexualistas” e de usuários de maconha. Inerte, a igreja de Cristo abstém-se de sua responsabilidade perante o mundo e, mesmo que indiretamente, concorda com tais transformações na sociedade.

Podemos dizer que tal posicionamento demonstra o que corriqueiramente observamos em nossos bancos – a rotulação de “mundo” em tudo o que não faz parte daquele universo paralelo que chamamos de igreja. No entanto, junto com a corrupção, a banalização sexual e a violência, também jogamos fora o que é mais importante – VIDAS – objetivo principal do evangelho.

Deixamos de amar alguém pelo pecado que este comete – é assim que o pecado consegue fazer separação entre o pecador e Deus. E não percebemos que compartilhamos um só lugar, aonde Santificados e perdidos convivem exatamente para que a luz brilhe nas trevas. É por isso que em João 17:15 Cristo pede ao Pai para que não sejamos tirados do mundo, mas que Ele nos proteja do mal; ou seja, é nosso dever estarmos inseridos no mundo e, por mais que não façamos mais parte com ele (como diz os versículos 11 a 14), é nossa obrigação amar as almas que nos cercam.

Este é o esfriamento de Mateus 24:12, pois o Amor de Deus jamais esfria, e sim o nosso amor às almas. Não é coincidência que, enquanto o mundo institucionaliza suas perversões, vemos o povo de Deus mais preocupado com necessidades pessoais, realizações e projetos; mesmo dentro da igreja, quando os irmãos se preocupam mais com “ministérios” e “cargos”, enquanto “lá fora” pessoas estão morrendo, e este “lá fora” são as pessoas com quem convivemos e estamos concordando que “vivam” sem Cristo.

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Isaías 58:6-11
Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniqüamente; E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.