20 October, 2006

Amar é escolher a dor que não se quer sentir.
É fechar os olhos enquanto se pode ver.
Tentar compreender,
quando tudo o que se quer é sentir e ver,
quando os olhos já não bastam para observar,
nem as palavras para dizer.

Nasce na entrega do que não se tem,
sobrevive na condição irrefutável do ser em estar junto.
É dádiva de Deus.
Acontece na procura pelo estar perdido
e existe enquanto estiver nos braços de Deus, seu inventor.
Não vem de nós mesmos.

Se amo, perco.
Pois na vida eu só tenho aquilo que deixo.

11 October, 2006

Ainda Viktor Frankl...

"Um pensamento me traspassou: pela primeira vez em minha vida enxerguei a verdade tal como fora cantada por tantos poetas, proclamada como verdade derradeira por tantos pensadores. A verdade de que o amor é o derradeiro e mais alto objetivo a que o homem pode aspirar. Então captei o sentido do maior segredo que a poesia humana e o pensamento humano têm a transmitir: a salvação do homem é através do amor e no amor. Compreendi como um homem a quem nada foi deixado neste mundo pode ainda conhecer a bem-aventurança, ainda que seja apenas por um breve momento, na contemplação da sua bem-amada. Numa condição de profunda desolação, quando um homem não pode mais se expressar em ação positiva, quando sua única realização pode consistir em suportar seus sofrimentos da maneira correta - de uma maneira honrada -, em tal condição o homem pode, através da contemplação amorosa da imagem que ele traz de sua bem-amada, encontrar a plenitude. Pela primeira vez em minha vida, eu era capaz de compreender as palavras: 'Os anjos estão imersos na perpétua contemplação de uma glória infinita'."

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