20 October, 2006

Amar é escolher a dor que não se quer sentir.
É fechar os olhos enquanto se pode ver.
Tentar compreender,
quando tudo o que se quer é sentir e ver,
quando os olhos já não bastam para observar,
nem as palavras para dizer.

Nasce na entrega do que não se tem,
sobrevive na condição irrefutável do ser em estar junto.
É dádiva de Deus.
Acontece na procura pelo estar perdido
e existe enquanto estiver nos braços de Deus, seu inventor.
Não vem de nós mesmos.

Se amo, perco.
Pois na vida eu só tenho aquilo que deixo.

1 comment:

Vilma said...

O bloglines deu-me este post.. e fiquei maravilhada com este poema!
Caio... de chorar!
DTA muito!